Fotos: Arquivo Pessoal
Um homem calmo e trabalhador. Assim, Ramão Molina da Silva, 83 anos, foi descrito pela família. Desde jovem, Silva montou uma oficina mecânica em São Borja, onde nasceu, criou-se e se casou com a amada Ruth Carvalho Galbarino, 76. Os dois se conheceram por meio de suas famílias, quando ela tinha 26 anos, e ele, 33. Eles também participavam de bailes gaúchos, onde se encontravam com frequência. O casal ficou junto por 51 anos e teve um filho, Valério, que morreu há cinco anos. O mecânico também ajudou a mulher a criar Sérgio Carvalho, 58, Silvia Terezinha Carvalho, 54, e Ana Cristina Carvalho, 51, filhos dela.
- Ele prezava muito que a gente estivesse unidos. Aos domingos, o churrasco era certo, tinha que ter a carne dele. Quando ele tinha folga, levava a mãe ou meu irmão para pescar com ele, e eles sempre voltavam com muitos peixes, já que o Ramão pescava bem e bastante - recorda Ana.
Silva não gostava de comemorar a sua data de aniversário, mas, em 26 de fevereiro de 2018, Ana fez dois bolos para ele e reuniu a criançada para comemorar os 83 anos do padrasto. Apaixonado por doces, o mecânico não dispensava um bolo, e Ana fazia muitos para ele, de chocolate, cenoura, baunilha ou laranja. Silva adorava comer os quitutes em seu café da manhã e da tarde. Outro prato que ele adorava era o arroz de carreteiro.
Além da oficina, o mecânico também tinha um caminhão que usava para trabalhar em lavouras de arroz e ajudar na colheita do produto. Silva trabalhou em fazendas do entorno de São Borja e, também, em Buenos Aires. O ofício, para ele, era algo muito importante.
- Ele era muito conhecido em toda a região. De boca em boca, ele chegou até a cidade vizinha para trabalhar e se dedicou a tudo o que fez - orgulha-se Ana. Silva não era de mexer na terra, mas gostava de lidar com o maquinário. Ele adorava consertar motores e dirigir seu caminhão.
Muito tradicionalista Silva participou do Centro de Tradições Gaúchas Tropilha Crioula, em São Borja. Local pelo qual tinha muito carinho e admiração. Em seus dias, não podia faltar o chimarrão e uma boa música gaúcha.
- Eu me lembro de que ia ver os desfiles em 20 de Setembro e também via ele desfilar tocando gaita em cima de um caminhão. Ele foi um grande orgulho para nós todos - emociona-se Ruth.
A esposa conta, ainda, que o marido era um grande pé de valsa e sabia dançar de tango a rancheira. O casal cultivava o entendimento pela conversa e qualquer coisa era resolvida com muito carinho e diálogo. Ruth conta que Silva sempre foi um marido e pai presente e que passou bons momentos ao lado dele.
Em razão da idade avançada do idoso, Ana e Ruth o trouxeram para morar em Santa Maria com elas, para conseguirem cuidar de perto da saúde dele.
Ele faleceu no dia 21 de março e foi sepultado no dia seguinte, às 14h, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria. A família preferiu não divulgar o motivo da morte.
Morreu dona de casa Maria Izabel da Silva
OUTROS FALECIMENTOS EM SANTA MARIA E REGIÃO
Funerária Cauzzo
02/04
Maria Aldina Souza Lopes, aos 81 anos, foi sepultada no Cemitério Municipal, em São Gabriel
04/04
Zilda Pinheiro da Rosa, aos 78 anos, foi sepultada no Cemitério Municipal, em Dilermando de Aguiar
06/04
Yolanda Cardozo Fornel, aos 85 anos, foi sepultada no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria
Ivo Walmarath Leão, aos 70 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
07/04
Luiz Sergio Oliari da Silva, aos 54 anos, foi sepultado no Cemitério São José, em Santa Maria
Marlene Palar, aos 70 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Elio Domingues Sanmartin, aos 74 anos, foi sepultado no Cemitério São José, em Itaara
As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122